quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

SÍNDROME METABÓLICA

Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo(centro) em atendimento com as alunas da Escola de Nutrição da UFBA, no Ambulatório de Nutrição de Adultos no Hospital Magalhães Neto, anexo do HU.


Uma alimentação saudável, que combine todos os nutrientes e em quantidade moderada e equilibrada, associada aos exercícios fisícos e a mudanças no estilo de vida, serão determinantes na manutenção da saúde e prevenção de desenvolvimento da resistência à insulina e da síndrome metabólica.


SÍNDROME METABÓLICA


Segundo a International Diabetes Federation- IDF, a Síndrome Metabólica-SM está impulsionando as epidemias globais gêmeas de Diabetes tipo 2 e doença cardiovascular.
A prevalência da SM, está em torno de 20 a 25% da população mundial. Pessoas com a SM tem a probabilidade tres vezes maior de ter infarto ou acidente vascular cerebral-AVC em comparação as que não tem a SM.
Estima-se que 15% da população adulta européia já tenha a seguinte combinação de problemas relacionados à obesidade: regulação da glicose comprometida ou diabetes; resistência à insulina; hipertensão arterial; hipertrigliceridemia; obesidade abdominal.

A resistência à insulina é uma causa subjacente da SM. Alguns indivíduos podem ter predisposição genética à resistência à insulina, enquanto outros desenvolvem-na por stress e estilo de vida prejudiciais à saúde. Ou seja, os fatores ambientais, a industrialização dos alimentos, o estilo de vida, as interações sociais, favorecem a um consumo maior de alimentos e a um gasto energético menor, o que presdispõe o homem a obesidade e consequentemente a SM e a resistência a insulina.

A resistência à insulina afeta os níveis de glicose e insulina. As células do corpo perdem a habilidade em usar a insulina para converter a glicose em energia, desta forma a glicose se acumula no sangue. O corpo tenta superar este defeito/resistência secretando mais insulina pelo pâncreas. Os altos índices de insulina circulante contribuem para os distúrbios de lípides no sangue.

A resistência a insulina no fígado, músculo e tecido adiposo está associada à abundância de citocinas pró-inflamatória e à relativa escassez de citocinas antiinflamatórias, como a adiponectina.
Tanto a adiponectina, a citocina protetora e os tipos inflamatórios como a interleucina 6 e o fator de necrose tumoral alfa, são produzidos no tecido adiposo, quando há desequilíbrio de peso-obesidade, vai ocorrer a resistência à insulina.

A SM está associada a aterosclerose, que pode levar a infarto ou AVC. Indivíduos com SM, são mais propensos a desenvolverem Diabetes tipo 2, Síndrome do ovário policísticos em mulheres e câncer de próstata em homens.

Todos estes achados demonstram que o diagnóstico da resistência à insulina, é fundamental para a intervenção preventiva e que a informação ao paciente dos riscos à saúde é decisório para obtenção da adesão ao tratamento.

Linda Susan 28/01/10 Salvador/BA

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