quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Oficina de farinha de feijão branco e o uso da faseolamina para perda ponderal

Professora e aluna no exercício do saber e do saber fazer,

OBESIDADE E RISCO À SAÚDE

As taxas de obesidade vem aumentando no mundo inteiro, afirmam as pesquisas epidemiológicas. Os humanos variam na sua predisposição genética ao sobrepeso em resposta às condições ambientais.A obesidade moderna é uma resposta biológica previsível as nossas novas condições ambientais.Constata-se este fato à resposta da população ao consumo de alimento processado de menor preço em relação ao alimento in natura, que ainda demanda tempo, energia e trabalho para ser preparado.
A epidemia de obesidade foi descrita como uma doença neuro-química recidivante, decorrente entre o hospedeiro e o ambiente.

O gasto energético é fator determinante no equilíbrio ponderal. O que observa-se atualmente, é que, a relação entre a ingestão e gasto energético está desequilibrada. Os alimentos calóricos são mais atrativos, o tempo disponível para a alimentação diminuiu, e ainda tempo para aquisição de gêneros e preparo das refeições praticamente desapareceram nas grandes cidades. Associa-se a estes fatos, o sedentarismo da sociedade moderna, a qual alterara o gasto energético e o organismo humano busca se adequar as estas mudanças ambientais. Quando o consumo calórico é maior que o gasto energético, o desequilíbrio energético provoca desordens metabólicas, as quais levarão o indivíduo a desenvolver a síndrome metabólica , e a obesidade é parte desta síndrome.

A estimulação da termogênese é atualmente um caminho pesquisado pela tecnologia dos alimentos. A cafeína isoladamente ou em combinação com outros extratos vegetais comestíveis pode aumentar o gasto energético em até 100kcal/dia, esta ação tem interessado muito a indústria de alimentos. Este uso poderia minimizar os efeitos deletérios da alimentação fast food tão consumida nos últimos tempos. No entanto, a atividade física voluntária é o único componente de gasto energético que temos controle direto, e é o modo mais promissor de perda de peso, de prevenção e controle da obesidade, claro associado a uma alimentação personalizada.

O apetite e a saciedade, são outros fatores interferentes no controle de peso. Estas são sensações de interações de sinais, percepções sensorias, distensão do estômago, mensagens hormonais e neurais enviadas do trato gastro intestinal do cérebro ao resto do corpo. Esta complexa rede de sinais é responsável pela regulação da ingestão de alimentos. Comportamentos aprendidos, padrões de alimentação e sinais externos( exposição a propaganda midiática), ambiente de casa ou do trabalho e relações pessoais, são significativas.
Pesquisas recentes sugerem que alimentos ricos em açúcar e gordura aumentam a expressão dos sinais de fome, reduzem a resposta a sinais de saciedade e ativam o sistema de recompensa( um dos fatores que levam ao prazer de comer). A alta palatabilidade de alimentos ricos em açúcar e gordura poderia levar ao hiperconsumismo passivo. Ouvir os sinais de fome e saciedade do corpo, deve ser proposto como um possível tratamento da obesidade e para evitar o ciclo engorda/emagrece.

A obesidade também está associada aos processos inflamatórios. Os adipócitos, liberam moléculas bioativas, dentre elas proteínas com baixo peso molecular que promovem inflamação, considerada causa principal no desencadeamento da doença cardiovascular. A exemplo do fator de necrose tumoral, que ativa mudanças inflamatórias no tecido vascular e ainda interfere na sinalização da insulina e causa resistência à insulina.

A densidade energética dos alimentos é uma abordagem para controle ponderal que visa a saciação e a saciedade, aumentando a proporção de alimentos ricos em água e fibras, reduzindo desta forma a densidade energética das refeições. A palatabilidade baixa destas refeições dificulta a adesão ao tratamento.
A alimentação rica em proteínas é uma linha de tratamento por curto período e monitorada, que também usa a saciação e a saciedade, com uma vantagem, a alta palatabilidade das refeições e a independência da grelina e leptina. Outros hormônios estão envolvidos na saciedade como a colecistocinina e o peptídeo glucagon símile 1, que são secretados em resposta a nutrientes no trato gastro-intestinal.

Para perda de peso, a redução calórica deve ser de 500kcal/dia por longo período, associado ao gasto energético e a mudanças de estilo de vida e moderação. No planejamento alimentar o nutricionista deve considerar, além de todos os elementos da relação saúde/doença, os fatores ambientais, sociais, de trabalho, de exposição midiática, de como este indivíduo se relaciona com a comida e principalmente seus valores culturais, os quais vão fornecer dados concretos que serão determinantes na adesão ao tratamento dietoterápico.

Dentre das muitas ações propostas pelos estudiosos, uma tem demonstrado na clínica nutricional, ação efetiva na perda ponderal e na redução da medida da circunferência da cintura, o uso de uma grama de dia de farinha de feijão branco. A ação ocorre por conta da faseolamina, substância presente na farinha de feijão branco e que atua inibindo a absorção de 20% dos carboidratos ingeridos ( UDANI, 2005), desta forma reduzindo a glicemia pós-prandial ( após a refeição ) e a resposta insulínica. Quando associada à redução da ingestão calórica, a exercícios fisicos e a mudanças no estilo de vida, maximiza a perda ponderal.
Ingredientes e utensílios para o processo
Com base neste estudos executamos professor/alunos da escola de Nutrição da UFBA, oficina de trabalho com as usuárias do ambulatório de nutrição de adultos do Complexo Hospitalar HUPES/Magalhães Neto, para processamento da farinha de feijão branco como parte da Consulta em Grupo mensal. Oficinas de: aproveitamento integral da abóbora e consumo responsável são as propostas para as oficinas subsequentes.
Usuárias atentas as imformações

ProfªMs Linda Susan de Almeida Araújo, Escola de Nutrição da UFBA, Salvador/BA, 30/09/10

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A Paraíba tem chocolate terapêutico

Chocolate terapêutico é desenvolvido por empresa da Paraíba
Amado por muitos e alertado por médicos no excesso do consumo, o chocolate curiosamente virou agora produto de prateleira de farmácia. Criado na Paraíba, em parceria com um laboratórios de outros estados, o doce ganhou ares de bom moço já que acrescido de componentes fitoterápicos pode auxiliar no tratamento de diversas doenças. Aliado ao poder que tem de proporcionar bem estar a quem consome e ao sabor inconfundível do doce, quem não suporta tomar comprimidos ou ingerir substâncias amargas agora têm um bom motivo para se cuidar melhor e sem tanto sofrimento.
O doce é usado como base para inserir substâncias que possuem ação terapêutica no organismo, como as fibras, vitaminas A e do complexo B, assim como alguns minerais, como o cálcio e o magnésio. Criado para ser uma fórmula manipulável, o produto também pode ser feito de acordo com indicação médica servindo para ampliar as possibilidades de uso do doce em outras doenças e até no tratamento de crianças, que mostram mais resistência aos tratamentos tradicionais.
“Já estamos testando também a inserção de outras substâncias. Todas são testadas e algumas não passam pelo controle já que alteram o sabor do doce, a consistência, e a idéia é tornar o ato de tomar o remédio uma coisa prazerosa”, comenta Elisângela Gomes, proprietária da Farmácia Roval, responsável pela criação da fórmula.
A guloseima nesse formato, que associa prazer e saúde, tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), já que possui 24 calorias para cada cinco gramas, não contem açúcares e glúten, além de ser feito com o leite de soja, o que possibilita os alérgicos a leite consumirem o doce. O produto conta ainda com 54% de cacau orgânico o que deixa o sabor do produto nem tão doce nem tão amargo.
Crianças e dietas- Lançado no estado entre a comunidade médica no mês de agosto, o chocolate terapêutico vem atendendo a demanda principalmente de pacientes que precisam perder peso. Através de dietas aplicadas por nutricionistas, gastros e ginecologistas o paciente pode suprir a necessidade do doce consumindo a barrinha. “No chocolate também inserimos substâncias inibidoras da fome que quando consumido antes das refeições faz com que a pessoa se sinta saciada com menos”, comenta Elisângela.
Outro filão do novo produto é o publico infantil. Com o atendimento em larga escala a crianças e adolescentes que possuem sobre peso, o laboratório já investiga possibilidades de inserir antibióticos no doce. “Nesse caso em especial estamos seguindo um apelo dos pediatras, mas como se trata de uma substância que exige um nível maior de controle teremos mais cautela em adequar a fórmula”, explica a empresária.
Quanto ao custo do doce de tratamento a média, para as substâncias mais simples, fica em torno de R$ 1,00 uma barra de 5g, o que faz do ato do tratamento além de prazeroso pouco oneroso para o bolso do paciente. Já para as substâncias mais complexas o preço do chocolate terapêutico varia de acordo com a posologia receitada.
Desafio- Atendida pelo projeto de Agentes de Inovação Local, o ALI, desenvolvido pelo Sebrae, agora a empresa enfrenta o desafio de divulgar o produto entre os consumidores. Segundo Douglas Xavier, agente local, a Anvisa não permite a publicidade de medicamentos, mas já estão sendo desenvolvidas formas estratégicas pára que a população conheça o chocolate terapêutico.
“A Agência não autoriza divulgação externa do produto. Através do Sebrae o plano de ação de marketing sugere a disposição de displays dentro das lojas, o lançamento de e-mail marketing, além da divulgação boca a boca entre os clientes”, afirma Douglas.
Equipe da Roval
Fonte: Click PB
29.09.2010


Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo, Escola de Nutrição da UFBA Salvador/BA 29/09/10

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Leite para atletas, melhor eficiência?

Foto: asreceitasdacabra.blogspot.com


    Cientistas estão defendendo uma crescente evidência de que o leite pode ser tão bom, ou ainda melhor, do que algumas bebidas energéticas para atletas. Em um estudo publicado em junho no Jornal de Psicologia, Fisiologia Aplicada, Nutrição e Metabolismo, cientistas da Universidade de Northumbria University, da Inglaterra, descobriram que pessoas que consomem leite após o exercício têm maior resistência no próximo treino do que aquelas que tomam outras bebidas esportivas ou água.

    Os benefícios do leite para a saúde já são conhecidos há muito tempo. O líquido contém carboidratos, eletrólitos, cálcio e vitamina D, mas também contém duas proteínas recomendadas para reconstruir os músculos: a caseína e as proteínas do soro.

    Os músculos sofrem depois de uma sessão aeróbica intensa, como correr, jogar futebol ou andar de bicicleta, e essas proteínas servem para regenerar os músculos rapidamente. Ao final de quase todas as sessões de treinamento físico, Matt Whitmore toma um litro de leite.

    — Bebo leite religiosamente — diz Whitmore, treinador que mora há 25 anos em Londres.

    Ele começou a tomar leite desde quando começou a treinar, aos dez anos, quando não podia pagar por bebidas ou suplementos de proteína mais caras.

    — O leite ajuda a me recuperar mais rapidamente e eu me sinto excelente depois de beber — disse — Agora, eu não gosto de treinar sem tomar leite.

    Glenys Jones, nutricionista do Conselho Médico da Grã-Bretanha, disse que o teor de proteína do leite torna-o a bebida ideal depois de um treino.

    — O leite oferece os suplementos necessários para reconstruir o músculo — afirmou.

    A nutricionista disse que as bebidas esportivas simplesmente substituem os carboidratos e eletrólitos perdidos, mas geralmente não possuem os nutrientes para regenerar músculos.

    Especialistas do mundo todo não conseguiram chegar a um acordo para determinar se o leite é melhor do que bebidas energéticas. Os produtores de leite têm tentado entrar nesse mercado milionário e até financiar estudos sobre os benefícios do leite para os atletas, mas alguns acreditam que pesquisas são tendenciosas. O debate continua, enquanto leite ganha a atenção dos atletas.


    Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo, Escola de Nutrição da UFBA
    Salvador/BA 08/09/10

    Cardápio do sono??????

    Praia do Bessa em João Pessoa/PB

     A nutricionista Marlete Pereira, do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ), ouvia a mesma queixa dos pacientes internados ou em tratamento do ambulatório: eles tinham dificuldade para dormir. Na tentativa de melhorar a qualidade de vida dos doentes, ela elaborou então o que chamou de “cardápio do sono”, que inclui chás claros, maçã, carne branca, folhas e alimentos integrais. Todos os alimentos que facilitam o metabolismo. 

    “As pessoas têm hábitos muito ruins de alimentação, que acabam se refletindo na qualidade do sono. É importante reduzir a cafeína, as frituras e o açúcar e não se alimentar excessivamente à noite”, explica. 

    No cardápio de Marlete entram o chuchu, que ajuda a reduzir a pressão arterial; a maçã, que acalma; a aveia, que sacia “sem pesar no estômago”; peixes e frango, mais fáceis de digerir do que a carne vermelha. “É importante que as pessoas mastiguem também. Eu costumo brincar que o estômago não tem dente, não adianta engolir rapidamente a comida." 



    Marlete recomenda que a refeição noturna seja menor, exclua carboidratos e seja realizada três horas antes de dormir. Frutas podem ser ingeridas até uma hora antes de deitar. “O cardápio tem funcionado. Os pacientes passaram a relatar que dormem melhor.


    Fonte: http://www.abril.com.br/noticias/ciencia-saude/nutricionista-elabora-cardapio-sono-pacientes-hospital-rj-1256606.shtml


    Marlete e eu estudamos Nutrição  na UFPB, fico feliz em ler e postar seu trabalho. Marlete se você acessar este post  me envie email  linda.ilc@gmail.com
     Abçs


    Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo, escola de Nutrição da UFBA Salvador 08/10/09

    segunda-feira, 6 de setembro de 2010

    Obesidade em Salvador e estratégias de ação.

    Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo, Escola de Nutrição da Ufba



    Segundo Oliveira et all ( 2009), identificou-se em Salvador/BA, a prevalência de 26,3% de sobrepeso nas mulheres e de 25% nos homens avaliado pelo IMC. Para a obesidade, a prevalência foi, respectivamente, de 15,1% e 8,4%, entre mulheres e homens. Totalizando 41,4% de excesso de peso entre as mulheres e de 33,4% entre os homens. Identificou-se ainda que 35,7% das mulheres e 12,9% dos homens tinham excesso de gordura abdominal, segundo o indicador circunferência abdominal.

    Neste estudo as autoras sugerem que medidas de controle e prevenção dos riscos modificáveis para a população estudada estão situadas na esfera da adoção de estilo de vida e da alimentação saudável, ainda que não tenha sido encontrada associação entre estas variáveis incluídas no modelo e o excesso de peso e/ou gordura abdominal. Estas são reconhecidas como estratégias capazes de reduzir a expressiva parcela das mortes prematuras e o impacto negativo na qualidade de vida dos indivíduos , atributos que podem também ser destacados para o sobrepeso enquanto evento que precede a obesidade.
    Os referidos resultados podem ter similaridades em boa parte do Brasil, principalmente nos grandes centros urbanos. A urbe em sua organização social e econômica parece presdispor os seus habitantes a um estilo de vida que os conduz ao excesso de peso.São inúmeras as variáveis predisponentes, dentre elas a alimentação, a qual supre as necessidades energéticas na produção do trabalho, mas não atende aos requisitos nutricionais adequados. Desta dicotomia pode resultar sobrepeso ou obesidade.

    Esta constatação, despertou em nós o interesse em planejar uma atividade do componente curricular, especificamente  práticO. Nele os discentes elaborariam um evento com o tema: Obesidade e ações dietoterápicas.
    Metodologia:
    1- Pesquisa bibliográfica das ações : da quitosana, do ácido linoléico conjugado-CLA, da faseolamina e da redução da ingestão calórica, no tratamento da obesidade. Observando: comprovação científica, dosagem terapêutica e período de uso.
    2- Cada turma ficaria responsável por um tema. Cada turma seria dividida em dois grupos:
     1- elaboração da apresentaçãodo tema escolhido; 2- elaboração da mesa redonda ( convite, release, organização, apresentação do evento)
    3- Convidados: endocrinologista, farmacêutica, nutricionista, educador físico e/ou psicóloga, respectivamente para cada tema citado acima;
    4- Cada tema seria discutido em  Mesa Redonda com os componentes: discente representante do grupo, convidado e mediador ( professor do componente curricular).Cada participante teria o tempo de 20 min para exposição e a plenária 30 min para interação.

    Ao final do evento cada turma elaboraria um relatório contendo os resultados e um protocolo para prescrição nutricional, o qual seria analisado pelos professores de nutrição de clínica e divulgado entre os discentes/docentes até o término da disciplina.

    A utilização deste protocolo após análise e aprovação seria aplicado em um projeto de pesquisa e posteriormente validado.

    Dentre as atividades planejadas para a intervenção nutricional  no sobrepeso e obesidade está a consulta em grupo aplicada em ambulatório. Nesta, utiliza-se como ferramenta  educação nutricional e as oficinas de nutrição como estratégia a saber: Oficina da faseolamina, Oficina de aproveitamento integral do jerimum e Oficina do consumo responsável. Estas estratégias visam capacitar os usuários do ambulatório para em seguida aplicar o protocolo de prescrição nutricional.


    Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo, Escola de Nutrição da Ufba
    Salvador. 25/08/10