domingo, 30 de maio de 2010

Saiu no Terra nutrição X libido confira


Proveniente do latim, a palavra libido pode ser definida como desejo ou anseio e é caracterizada como a energia aproveitável para os instintos de vida. O que muita gente não sabe é que nem sempre a baixa da libido indica um problema de saúde. Um desequilíbrio na alimentação ou na produção de neurotransmissores pode ser a causa dessa baixa, e a pessoa fica preocupada sem muito motivo.
Para alguém que sente o desejo sexual diminuir, o primeiro passo é procurar um médico. Algumas doenças como diabetes, hipertensão arterial, obesidade e endometriose, além de fatores como estresse, ansiedade, autoestima baixa e insegurança interferem na libido. Porém, se não houver nenhuma patologia associada, vale a pena investigar possíveis desequilíbrios nutricionais.
Má alimentação pode gerar uma produção baixa de alguns neurotransmissores relacionados ao bem-estar e prazer, e as alterações desta química cerebral podem prejudicar o desempenho sexual e a fertilidade.
Para sentir desejo sexual, é necessário ter boas concentrações do neurotransmissor serotonina. O que muita gente não imagina é que o famoso estresse do dia a dia, o uso de anticoncepcionais e alguns antidepressivos podem diminuir a produção da serotonina. O aminoácido triptofano é o precursor da serotonina, e pode ser encontrado em diversos alimentos, como afirma Flávia Morais, nutricionista da rede Mundo Verde.
"Alimentos como banana, quinua, arroz integral, soja, feijão, lentilha, ervilha, castanhas, nozes, morango, laranja, tâmara, chocolate amargo e ovos são ricos deste aminoácido. Portanto, é recomendável que todos os incluam em seu cardápio diário", disse.
É também importante lembrar que a conversão do triptofano em serotonina depende de alguns nutrientes: como a vitamina B6, encontrada no levedo de cerveja, no gérmen de trigo, em cereais integrais, leguminosas, batata, banana e aveia; a vitamina B12, presente em peixes, aves, carnes vermelhas, ovos, leite e derivados; o ácido fólico, que está em vegetais de folhas verdes escuras, também no levedo de cerveja, além de brócolis, suco de laranja, repolho, couve-flor, gérmen de trigo, cereais e pães integrais; e o magnésio, também encontrado nos vegetais folhosos escuros, banana, cereais integrais, nozes, castanhas, peixes. Incluir os alimentos fontes desses nutrientes é fundamental para a produção de serotonina.
Outro neurotransmissor relacionado com a libido é a noradrenalina, produzida a partir de dopamina - relacionada ao prazer. A falta de ambos está relacionada diretamente à diminuição do desejo sexual. O aminoácido tirosina é o responsável pela produção de dopamina, e, para estimulá-la, devemos consumir alimentos fontes da tirosina, como: leguminosas, nozes e castanhas, tofu, cereais integrais, leite e iogurte desnatados - e, ainda se possível, incluir a ingestão moderada de café.
Segundo Flávia Morais, o zinco também é de grande importância, por promover a modulação dos níveis do hormônio testosterona e da produção de sêmen.
"Sua deficiência leva à falha na ovulação e na diminuição do desejo sexual, em mulheres, e nos homens pode causar impotência sexual. Os principais alimentos fornecedores de zinco são feijões, lentilhas, nozes, castanhas, sementes de abóbora, cereais integrais e chocolate amargo. A vitamina E, encontrada principalmente no gérmen de trigo e nos óleos vegetais, também participa da produção de hormônios sexuais, estando relacionada ao aumento da libido e do apetite sexual", afirmou.
Um mal chamado gordura
Alguns alimentos devem ser evitados, pois exercem ação adversa sobre desejo sexual. Frituras, alimentos gordurosos, doces e carnes, devido ao alto teor de gordura, dificultam a digestão e impedem a circulação adequada de sangue. Bebidas alcoólicas em excesso também são prejudiciais. Todos podem causar impotência sexual.
Com uma alimentação adequada, é possível consumir todos os nutrientes importantes não só para um bom desempenho sexual mas para uma vida saudável em todos os aspectos, o que influenciará positivamente para a boa saúde da sua libido.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Para comer sem culpa !


Sobremesa Diet Deliciosa - Para comer sem culpa !


20/5/2010 - Culinária Leve   

Ingredientes:1 abacaxi de mais ou menos 600g picadinho 
1 e ½ xícara de chá de água
1 colher de sopa de multiadoçante
1 caixa de pudim diet sabor baunilha
2 xícaras de chá de leite desnatado
1 copo de iogurte desnatado sabor natural

Preparo:
Junte o abacaxi, a água e o adoçante.
Leve ao fogo em uma panela deixando ferver por 5 minutos.
Retire a panela do fogo e reserve.
Prepare o pudim conforme as instruções da embalagem.
Junte ao pudim preparado, o iogurte e o abacaxi em calda.
Misture bem e coloque em um recipiente que possa ir a geladeira.
Deixe gelar por aproximadamente 3 horas.
Decore com pedaços de abacaxi à gosto.
 
Rendimento: 12 porções
 
 
 
 
Caloria
 (Kcal)
Proteína
(g)
Lipídio
(g)
Carboidrato
 (g)
Colesterol
 (mg)
Fibras
 (g)
Total
793,8
16
4,99
180,12
5
8,5
Porção
66,15
1,33
0,42
15,01
0,41
0,7
 
 
Culinarista: Cirlei Leonardi Bezerra
Fone: (19) 3231 2307





Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo/Escola de Nutrição/UFBA
Salvador,24/06/10

sexta-feira, 14 de maio de 2010

News da Paraíba: análise sensorial dos Biscoitos de Beterraba.



No dia 13 de maio de 2010 na Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba foi realizado a análise sensorial dos Biscoitos de Beterraba; onde foi introduzido apartir de uma formulação padrão diferentes porcentagens da Farinha da Beterraba.
Professores, alunos e funcionários participaram da degustação e assinalaram a escala que melhor refletiu seu julgamento.
                                                                Gabriela Santiago
Farinha de Beterraba
Obtenção e uso da farinha da beterraba (Beta vulgaris L.) no fabrico de biscoitos
Gabriela Santiago de Freitas Albuquerque
Orientadora: Profª. Dra. Eliza Dorotea Pozzobon de Albuquerque Lima

Fonte: Acadêmica do Curso de Nutrição da Faculdade de Ciência Médicas da Paraíba, Gabriela Santiago.



Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo, Escola de Nutrição da UFBA
Salvador, 14/05/10

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Prêmio ILSI Brasil – Alimentos Funcionais 2010



Que fruta é essa????????


Até o dia 30 de junho estão abertas as inscrições para oPrêmio ILSI Brasil – Alimentos Funcionais 2010 quevisa identificar reconhecer e encorajar talentos da pesquisa científica e tecnológica na área de alimentos e ingredientes com propriedades funcionais nutricionais e de saúde além de componentes e ingredientes bioativos.   
Iniciativa da Força-Tarefa Funcionais, subordinada ao Comitê de Nutrição do ILSI Brasil, o Prêmio é concedido a cada dois anos. A novidade desta edição é que serão selecionados dois vencedores. O primeiro colocado receberá R$ 7 mil e o segundo R$ 3 mil. A inscrição é individual – mesmo que o candidato faça parte de um grupo de pesquisa – e poderá participar com apenas um projeto.
Serão aceitos trabalhos científicos de pesquisadissertações de mestrado e teses de doutorado (defendidas entre 1 de julho de 2008 e 30 de junho de 2010). Nos três casos deverão ter artigo publicado em periódico científico indexado ou com aceite para publicação realizados em território nacional.
“Diante do avanço do conhecimento no que se refere à relação entre alimentação e saúde os altos custos da saúde pública e a busca constante da indústria por inovaçõesé crescente o número de pesquisas que buscam identificar novos compostos bioativos e estabelecer bases científicas para a comprovação das alegações de propriedades funcionais e de saúde dos alimentos. O Prêmio é uma forma de reconhecer o trabalho destes pesquisadores e estimulá-los”comenta Prof. Franco Lajoloda Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USPcoordenador da FT Funcionais do ILSI Brasil e membro da CTCAF (Comissão Técnico-Científica de Assessoramento em Alimentos Funcionais e Novos alimentos).
 

 
Serviço
Site - 
www.ilsi.org.br 
E-mail: 
premio_funcionais2010@ilsi.org.br
Tel - 11- 3035.5585


Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo/Escola de Nutrição da UFBA,  Salvador 12/05/10

segunda-feira, 3 de maio de 2010

TERAPIA NUTRICIONAL NO DIABETES / CONTAGEM DE CARBOIDRATOS



TERAPIA NUTRICIONAL NO DIABETES / CONTAGEM DE CARBOIDRATOS


A Contagem de Carboidratos-C/CH, surgiu na Europa em 1935 e no Brasil passou a ser utilizada a partir de 1997. É uma ferramenta nutricional que utiliza a quantidade de carboidratos-CH em gramas dos alimentos e a relação entre o tempo gasto pelo organismo na metabolização dos macronutrientes( CH, proteínas-PTN e lipídeos-LIP ) e o nível de glicemia, com o objetivo de otimizar o controle glicêmico dos pacientes diabéticos com menores variações da glicemia pós-prandial.

Considerando que a maioria dos alimentos tem na sua composição macronutrientes e usando a pirâmide alimentar como base para o guia de do planejamento dietético, estabeleceu-se a seguinte C/CH com base na composição dos alimentos e o tempo de conversão gasto pelos macronutrientes em glicose, a saber: CH simples =15 min , CH complexos = 1 a 1,5 horas; PTN, 35 a 60% = 3 a 4 horas; LIP, só 10% são convertidos = 5 horas.

Segundo a Associação Americana de Diabetes-ADA, a recomendação de CH para pacientes diabéticos é de 50 a 60% do Valor Calórico Total-VET, contendo 21 a 30 gramas de fibras. As fibras solúveis ( pectina, beta-glucana, goma) são mais eficientes no controle glicêmico, visto que tem ação na glicemia pós-prandial e está ação também está relacionada com a maturação dos frutos, ou seja, quanto mais maduros, menor a ação das fibras solúveis. As fibras insolúveis ( celulose, hemicelulose e lignina, esta não é fibra mas tem ação orgânica similar) tem ação a longo prazo no controle dos lipídeos sanguíneos ( MELLO, LAAKSONEN,2009).
Na C/CH deve-se deduzir o teor de fibras para obtenção do teor de CH disponível no alimento( ex: alimento com 60gramas de CH e 12gramas de fibras = 48gramas de CH disponível.
A recomendação de PTN = 15 a 20% e de LIP = 30 % do VET, destes 30%, 10% de monosaturados, 10% de polinsaturados e 10% de saturados.

No planejamento dietético considera-se a composição do alimento em relação ao teor de CH e seus equivalentes, considerando que cada porção de amido ou fruta fornece 15 gramas de CH e a porção alimentos do grupo leite fornece 12 gramas de CH ( presença de lactose). Para tanto deve-se pesar ou medir os alimentos, utilizando as informações das embalagens ou as tabelas de referência.

O cálculo do VET pode de acordo com: FAO/OMS,1985 , método prático ( KRAUSE, 1979 ) ou ainda pelo Food and Nutrition Board - FNB ( KRAUSE, 1979 ). Para o cálculo do VET em diabéticos obesos, usar o peso ideal ( redução de 5 a 10% do peso atual ), ou reduzir 500 a 700kcal considerando o peso atual no cálculo. Obeso muito sedentário a redução calórica pode chegar a 1000kcal. Com definição do percentual calórico dos CH, define-se a quantidade em grama de CH, procede-se a C/CH por refeição para obtenção da quantidade de substituições.

Em diabéticos com controle alimentar exclusivo ou em uso de hipoglicemiantes orais, estimular a ingestão das mesmas quantidades de CH/refeição/horário.

Em terapia intensiva com múltiplas doses de insulina ( rápida ou ultra rápida ), as doses para cobrir os gramas de CH são denominados bolos de alimentação e devem ser administrados de acordo com a evolução das glicemias pós-prandiais, considerando para : adulto, 1UI de insulina rápida ( 30min a 1hora antes da refeição) ou ultra-rápida ( 15 min ou imediatamente após a refeição) cobre 15 gramas de CH ou uma substituição; criança e adolescente é 1UI para cada 20 a 30gramas de CH.

Em terapia com bomba de infusão, a C/CH é imperativa devido a precisão da liberação da insulina necessária nas 24 horas.
O fracionamento das refeições é fundamental em terapia convencional e múltiplas doses com insulina NPH pelo risco de hipoglicemia, o que não ocorre em uso de glargina e bomba de infusão.

O uso de açúcar ou doces, deve ser em quantidade igual a 10% dos CH totais e se o controle glicêmico estiver perfeito.

Nos casos de hipoglicemia ( glicemia < 60mg/dl ), recomendar a ingestão de 15gramas de CH simples = 1 colher de sopa de açúcar; 150ml de refrigerante; 150ml de suco de laranja; ou 03 balas de caramelo; verificar a glicemia após 15 min, se for < 70mg/dl repetir a ingestão.

 Em relação as PTN: um bife médio de carne bovina magra de 90gramas, contendo 25 gramas de PTN e que destas, 60% se convertem em glicose, vai gerar 15gramas de CH . Portanto, o efeito da PTN na glicemia está relacionado ao consumo de mais de uma porção por refeição.

 O uso de álcool, deve ser evitado por causar hipoglicemia. Tem metabolização semelhante a das gorduras. Quando consumido, as calorias fornecidas pelas bebidas alcoólicas estão relacionadas ao teor de álcool das mesmas ( 1grama = 7kcal ) e devem ser computadas no VET. A recomendação da ADA com relação ao álcool, é de duas vezes por semana e nas quantidades: 2 latas de cerveja ( 350ml ); 2 taças de vinho ( 150ml ) e 2 doses de destilado ( 50ml ). Diabéticos em uso de hipoglicemiantes orais se consumirem bebidas alcoólicas, podem apresentar reações como: palpitação, rubor facial e calor.

 A automonitoração do controle glicêmico deve ser incentivada através da mensuração e registros da glicemia pré e pós-prandial ( 2horas) com o objetivo de manter ou modificar o planejamento dietético adotado. A glicemia pós-prandial adequada é de 100 a 140mg/dl.

O exercício físico é recomendado na maioria dos casos e deve estar em consonância com a insulinoterapia.


REFERÊNCIA

KRAUSE, M.V.; MAHAN, L.K. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 9 ed. SP. Roca, 1979

MELLO,V.D.; LAAKSONEN, D.E. Fibras na Dieta: tendências atuais e benefícios à saúde na síndrome metabólica e no diabetes melito tipo 2. Arq. Bras. Endocrinol.Metab. 2009, 53/5.

MONTEIRO, J.B.R. et all. Manual Oficial de Contagem de Carboidratos da Sociedade Brasileira de Diabetes.. Rio de Janeiro, Diagrafic, 2003


Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo- Escola de Nutrição da UFBA, 02/05/10, Salvador/BA