Claúdia Montal: para conhecimento, divulgação e estímulo para que todos nós dos cursos de nutrição e pq não todos os cursos de graduação e pós graduação, sigam o magnífico exemplo!!
Agradeço aos professores de graduação da Escola de Nutrição da UFBA, onde formei em 1993 por não ter vivenciado com o referido interesse de conflito!
Abs,
Cláudia Montal
----- Mensagem encaminhada ----
Isso é um estímulo para nós. Vou encaminhar para os meus colegas, alunos e professores. abraços, Enilce
Caros,
Vejam que movimento importante este.
Ja baixei a mensagem do blog para facilitar a vida de voces (segue abaixo)
Colegas, confiram para divulgação o blog da nutricionista Neide Rigo com comentário sobre manifesto dos alunos de nutrição da USP:
http://come-se.blogspot.com/2011/03/nem-tudo-esta-perdido-manifesto-de.html
Neide Rigo é atualmente bolsista de extensão e inovação tecnológica do CNPq junto ao Departamento de Nutrição da USP no projeto "AÇÕES EDUCATIVAS PARA PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EM COMUNIDADES DE BAIXA RENDA: ESTUDO PILOTO EM ACRELÂNDIA, ACRE"(Edital Segurança Alimentar-CNPq).
Nem tudo está perdido. Manifesto de estudantes de nutrição da USP
Poucas vezes, desde que me formei em nutrição pela USP, me orgulhei tanto dos colegas de profissão como aconteceu hoje quando li este manifesto de futuros nutricionistas da mesma escola.
Fiquei feliz de ver jovens inconformados, conscientes do seu papel na sociedade, se rebelando contra a ingerência da indústria alimentícia e, especialmente, contra a relação promíscua que se estabelece entre ela e a universidade e outros setores formadores de opinião. Pelo menos neste caso não posso dizer "no meu tempo era melhor". Não, não era. O assédio era o mesmo, não só em congressos mas também na sala de aula, com a diferença que ninguém reagia. Pelo contrário. Saí da faculdade sem saber como eram produzidos os alimentos na agricultura familiar, como era um pé de araruta, quais os tipos de farinha de mandioca, como era extraído o polvilho, quais eram os nutrientes do mangarito, qual a cara das frutas amazônicas ou do cerrado, como fazer uma horta caseira, como diferenciar uma verdura comestível de outra venenosa e tantas outras coisas que aprendi na vida. Em compensação, conheci o processo de fabricação do café solúvel, aprendi como incrementar o sabor de pratos com caldos em cubos e descobri que havia fórmulas de leite em pó mais nutritivos que o leite materno... Ainda ganhávamos brindes, artigos científicos, material promocional e a esperança de um estágio - e quem sabe um dia até vir a ser um profissional bem sucedido de uma daquelas multinacionais. Eu mesma fiz estágio numa delas e sonhava em ser contratada. Não fui e acordei a tempo, mas estes alunos de hoje acordaram antes.
Que indústria de alimentos não quer como propagandista um nutricionista formado numa instituição renomada ou não? Ou médicos, nutrólogos, pediatras? Todas querem. Então, basta começar investindo em estudantes e depois comprar profissionais com mimos, pseudo-aulas, patrocínios de coqueteis, congressos, viagens. E as vezes um bom dinheiro mesmo, afinal ninguém sairia por aí defendendo margarinas, refrigerantes ou maioneses de graça, só porque está encantado com suas virtudes. Mas este assunto é extenso. Voltemos aos alunos do Centro Acadêmico Emílio Ribas.
Fiquei imaginando se a atitude destes estudantes poderá desencadear um efeito cascata de revoltas estudantis e já fiquei sonhando com os resultados. Estudantes de agronomia que não deixam entrar em suas escolas representantes de empresas de agroquímicos; de medicina, que rejeitem patrocínios de indústrias farmacêuticas; de arquitetura que boicotem o apoio da indústria de materiais de construção; de odontologia, livre das empresas de produtos odontológicos etc.
Para ter um pensamento crítico é preciso independência e estes jovens em formação, cooptados pela indústria, mesmo sem se dar conta, quando vêem já estão defendendo ideias, trabalhando como propagandistas e vendedores, referendando produtos, colaborando com uma mudança perniciosa de hábitos, criando necessidades (danoninhos, biscoitos vitaminados, sucos com soja e bebidas artificiais em vez de bifinhos, de frutas, lanches caseiros, merenda escolar decente etc).
Já pensou se surgir daí uma geração de profissionais críticos, criativos e independentes? médicos, dentistas, arquitetos, agrônomos, nutricionistas, jornalistas, chefs, todos desamarrados, não vendidos para a indústria? Que possam trabalhar para ela, mas que não se sujeite a fazer o que não é lícito e/ou ético em troca de trocados, presentes, viagens, amostra grátis. Que não vendam o seu nome e prestígio para referendar produtos de qualidade duvidosa - não só do ponto de vista da saúde, mas também ecológico e cultural. Que saibam que toda ação tem uma consequência, às vezes desastrosa e irreversível. Pode ter certeza: vai ser a salvação da lavoura (e da saúde, da cozinha, da educação, da construção civil...).
A carta abaixo, com ótimas referências no final, pode ser vista também no blog do Centro Acadêmico Emílio Ribas. Vale a pena ir até lá e ver a repercusão da carta nos comentários:http://caemilioribas.wordpress.com/
À COMISSÃO DE GRADUAÇÃO
Prof. Assoc. Regina Mara Fisberg
C/C À DIRETORIA
Prof. Tit. Helena Ribeiro
São Paulo, 8 de fevereiro de 2011.
O Centro Acadêmico Emílio Ribas e os Representantes Discentes da Faculdade de Saúde Pública vêm, por meio desta, solicitar providências em relação à postura de docentes que permitem a inserção da indústria de alimentos em suas aulas de maneira inadequada.
Sabemos que as indústrias de alimentos utilizam-se do marketing em diversos setores a fim de promover os seus produtos, como instituições de ensino e pesquisa na área de saúde e nutrição, através de exposição, anúncio ou distribuição de brindes e presentes variados 1. Sabemos também que essas empresas têm como único objetivo influenciar o comportamento dos profissionais de saúde na indicação de seus produtos 2.Entendemos que o estudante está em processo de formação e irá utilizar as informações obtidas em sala de aula como parâmetro para a sua atuação profissional e que este processo não pode ser enviesado por nenhum interesse particular e/ou econômico;
Além disso, reconhecemos que a universidade pública não deve ser utilizada por empresas privadas em benefício próprio.
Tomamos como base o Código de Ética do Nutricionista 3. o qual veda a conduta do profissional que manifesta preferência, divulga ou permite divulgação de marcas de produtos, nomes de empresas do ramo alimentício e nutricional e de produtos destas empresas em qualquer tipo de mídia e por meio de objetos;
Entendemos que é papel fundamental do docente estimular os estudantes a adotarem uma postura ética, por meio de ações e/ou exemplos, como citado Resolução CFN nº 380/2005, a qual define as atribuições do nutricionista por área de atuação 4. Sendo assim, consideramos inaceitável que docentes convidem representantes de indústrias de alimentos para ministrarem aulas, com a justificativa de que o estudante precisa conhecer os produtos existentes no mercado ou de melhorar a qualidade da aula, permitindo que a sua linha de produtos seja apresentada. Além disso, repudiamos a distribuição de brindes, materiais informativos ou qualquer produto que promova a empresa, e a utilização de exemplos de exercícios, nos quais sejam mencionadas marcas de alimentos.
Embora não haja lei que proíba diretamente a presença da indústria de alimentos na sala de aula, consideramos imprescindível que sejam criados mecanismos de regulação de qualquer tipo de publicidade, propaganda e marketing de alimentos neste curso associados à distribuição de brindes, prêmios, bonificações e apresentações, como sugerido pela Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição, do Ministério da Saúde 5.
Desta forma, exigimos que no documento de regulação sejam contemplados os seguintes itens:
- Que seja proibido que representantes de indústrias de alimentos, fórmulas infantis e de nutrição enteral e parenteral ministrem aulas, independente do conteúdo;
- Que seja proibido que representantes de indústrias de alimentos, fórmulas infantis e de nutrição enteral e parenteral apresentem a sua linha de produtos;
- Que seja proibida a distribuição de brindes, prêmios e bonificações que mencionem o nome das empresas de alimentos, fórmulas infantis e de nutrição enteral e parenteral;
- Caso nutricionistas, que trabalhem em indústrias de alimentos, fórmulas infantis e de nutrição enteral e parenteral, sejam convidados por serem especialistas no assunto, que seja proibida qualquer divulgação da empresa.
Atenciosamente,
Centro Acadêmico Emílio Ribas
1. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. A legislação e omarketing de produtos que interferem na amamentação: um guia para o profissional de saúde. Brasília (DF): MS, 2009.
2. MARGOLIS, L.H. A ética de aceitar presentes da indústria farmacêutica. Pediatrics, v.88, p.1233-1237, 1991. In: MINISTÉRIO DASAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. A legislação e o marketing de produtosque interferem na amamentação: um guia para o profissional de saúde. Brasília (DF): MS, 2009.
3. CFN – Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução nº 334, de 10 de maio de 2004. Dispõe sobre o Código de Ética do Nutricionistae dá outras providências. Brasília (DF): CFN, 2004.
4. CFN - Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução nº 380, de 28 de dezembro de 2005. Dispõe sobre a definição das áreas deatuação do nutricionista e suas atribuições, estabelece parâmetros numéricos de referência, por área de atuação e dá outrasprovidências. Brasília (DF): CFN, 2005.
5. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. CGPAN. A saúde pública e aregulamentação da publicidade de alimentos. Brasília (DF): CGPAN.. Disponível em:. Acesso em: 04 fev. 2011.
Agradeço aos professores de graduação da Escola de Nutrição da UFBA, onde formei em 1993 por não ter vivenciado com o referido interesse de conflito!
Abs,
Cláudia Montal
----- Mensagem encaminhada ----
Isso é um estímulo para nós. Vou encaminhar para os meus colegas, alunos e professores. abraços, Enilce
Caros,
Vejam que movimento importante este.
Ja baixei a mensagem do blog para facilitar a vida de voces (segue abaixo)
Colegas, confiram para divulgação o blog da nutricionista Neide Rigo com comentário sobre manifesto dos alunos de nutrição da USP:
http://come-se.blogspot.com/2011/03/nem-tudo-esta-perdido-manifesto-de.html
Neide Rigo é atualmente bolsista de extensão e inovação tecnológica do CNPq junto ao Departamento de Nutrição da USP no projeto "AÇÕES EDUCATIVAS PARA PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EM COMUNIDADES DE BAIXA RENDA: ESTUDO PILOTO EM ACRELÂNDIA, ACRE"(Edital Segurança Alimentar-CNPq).
Nem tudo está perdido. Manifesto de estudantes de nutrição da USP
Poucas vezes, desde que me formei em nutrição pela USP, me orgulhei tanto dos colegas de profissão como aconteceu hoje quando li este manifesto de futuros nutricionistas da mesma escola.
Fiquei feliz de ver jovens inconformados, conscientes do seu papel na sociedade, se rebelando contra a ingerência da indústria alimentícia e, especialmente, contra a relação promíscua que se estabelece entre ela e a universidade e outros setores formadores de opinião. Pelo menos neste caso não posso dizer "no meu tempo era melhor". Não, não era. O assédio era o mesmo, não só em congressos mas também na sala de aula, com a diferença que ninguém reagia. Pelo contrário. Saí da faculdade sem saber como eram produzidos os alimentos na agricultura familiar, como era um pé de araruta, quais os tipos de farinha de mandioca, como era extraído o polvilho, quais eram os nutrientes do mangarito, qual a cara das frutas amazônicas ou do cerrado, como fazer uma horta caseira, como diferenciar uma verdura comestível de outra venenosa e tantas outras coisas que aprendi na vida. Em compensação, conheci o processo de fabricação do café solúvel, aprendi como incrementar o sabor de pratos com caldos em cubos e descobri que havia fórmulas de leite em pó mais nutritivos que o leite materno... Ainda ganhávamos brindes, artigos científicos, material promocional e a esperança de um estágio - e quem sabe um dia até vir a ser um profissional bem sucedido de uma daquelas multinacionais. Eu mesma fiz estágio numa delas e sonhava em ser contratada. Não fui e acordei a tempo, mas estes alunos de hoje acordaram antes.
Que indústria de alimentos não quer como propagandista um nutricionista formado numa instituição renomada ou não? Ou médicos, nutrólogos, pediatras? Todas querem. Então, basta começar investindo em estudantes e depois comprar profissionais com mimos, pseudo-aulas, patrocínios de coqueteis, congressos, viagens. E as vezes um bom dinheiro mesmo, afinal ninguém sairia por aí defendendo margarinas, refrigerantes ou maioneses de graça, só porque está encantado com suas virtudes. Mas este assunto é extenso. Voltemos aos alunos do Centro Acadêmico Emílio Ribas.
Fiquei imaginando se a atitude destes estudantes poderá desencadear um efeito cascata de revoltas estudantis e já fiquei sonhando com os resultados. Estudantes de agronomia que não deixam entrar em suas escolas representantes de empresas de agroquímicos; de medicina, que rejeitem patrocínios de indústrias farmacêuticas; de arquitetura que boicotem o apoio da indústria de materiais de construção; de odontologia, livre das empresas de produtos odontológicos etc.
Para ter um pensamento crítico é preciso independência e estes jovens em formação, cooptados pela indústria, mesmo sem se dar conta, quando vêem já estão defendendo ideias, trabalhando como propagandistas e vendedores, referendando produtos, colaborando com uma mudança perniciosa de hábitos, criando necessidades (danoninhos, biscoitos vitaminados, sucos com soja e bebidas artificiais em vez de bifinhos, de frutas, lanches caseiros, merenda escolar decente etc).
Já pensou se surgir daí uma geração de profissionais críticos, criativos e independentes? médicos, dentistas, arquitetos, agrônomos, nutricionistas, jornalistas, chefs, todos desamarrados, não vendidos para a indústria? Que possam trabalhar para ela, mas que não se sujeite a fazer o que não é lícito e/ou ético em troca de trocados, presentes, viagens, amostra grátis. Que não vendam o seu nome e prestígio para referendar produtos de qualidade duvidosa - não só do ponto de vista da saúde, mas também ecológico e cultural. Que saibam que toda ação tem uma consequência, às vezes desastrosa e irreversível. Pode ter certeza: vai ser a salvação da lavoura (e da saúde, da cozinha, da educação, da construção civil...).
A carta abaixo, com ótimas referências no final, pode ser vista também no blog do Centro Acadêmico Emílio Ribas. Vale a pena ir até lá e ver a repercusão da carta nos comentários:http://caemilioribas.wordpress.com/
À COMISSÃO DE GRADUAÇÃO
Prof. Assoc. Regina Mara Fisberg
C/C À DIRETORIA
Prof. Tit. Helena Ribeiro
São Paulo, 8 de fevereiro de 2011.
O Centro Acadêmico Emílio Ribas e os Representantes Discentes da Faculdade de Saúde Pública vêm, por meio desta, solicitar providências em relação à postura de docentes que permitem a inserção da indústria de alimentos em suas aulas de maneira inadequada.
Sabemos que as indústrias de alimentos utilizam-se do marketing em diversos setores a fim de promover os seus produtos, como instituições de ensino e pesquisa na área de saúde e nutrição, através de exposição, anúncio ou distribuição de brindes e presentes variados 1. Sabemos também que essas empresas têm como único objetivo influenciar o comportamento dos profissionais de saúde na indicação de seus produtos 2.Entendemos que o estudante está em processo de formação e irá utilizar as informações obtidas em sala de aula como parâmetro para a sua atuação profissional e que este processo não pode ser enviesado por nenhum interesse particular e/ou econômico;
Além disso, reconhecemos que a universidade pública não deve ser utilizada por empresas privadas em benefício próprio.
Tomamos como base o Código de Ética do Nutricionista 3. o qual veda a conduta do profissional que manifesta preferência, divulga ou permite divulgação de marcas de produtos, nomes de empresas do ramo alimentício e nutricional e de produtos destas empresas em qualquer tipo de mídia e por meio de objetos;
Entendemos que é papel fundamental do docente estimular os estudantes a adotarem uma postura ética, por meio de ações e/ou exemplos, como citado Resolução CFN nº 380/2005, a qual define as atribuições do nutricionista por área de atuação 4. Sendo assim, consideramos inaceitável que docentes convidem representantes de indústrias de alimentos para ministrarem aulas, com a justificativa de que o estudante precisa conhecer os produtos existentes no mercado ou de melhorar a qualidade da aula, permitindo que a sua linha de produtos seja apresentada. Além disso, repudiamos a distribuição de brindes, materiais informativos ou qualquer produto que promova a empresa, e a utilização de exemplos de exercícios, nos quais sejam mencionadas marcas de alimentos.
Embora não haja lei que proíba diretamente a presença da indústria de alimentos na sala de aula, consideramos imprescindível que sejam criados mecanismos de regulação de qualquer tipo de publicidade, propaganda e marketing de alimentos neste curso associados à distribuição de brindes, prêmios, bonificações e apresentações, como sugerido pela Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição, do Ministério da Saúde 5.
Desta forma, exigimos que no documento de regulação sejam contemplados os seguintes itens:
- Que seja proibido que representantes de indústrias de alimentos, fórmulas infantis e de nutrição enteral e parenteral ministrem aulas, independente do conteúdo;
- Que seja proibido que representantes de indústrias de alimentos, fórmulas infantis e de nutrição enteral e parenteral apresentem a sua linha de produtos;
- Que seja proibida a distribuição de brindes, prêmios e bonificações que mencionem o nome das empresas de alimentos, fórmulas infantis e de nutrição enteral e parenteral;
- Caso nutricionistas, que trabalhem em indústrias de alimentos, fórmulas infantis e de nutrição enteral e parenteral, sejam convidados por serem especialistas no assunto, que seja proibida qualquer divulgação da empresa.
Atenciosamente,
Centro Acadêmico Emílio Ribas
1. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. A legislação e omarketing de produtos que interferem na amamentação: um guia para o profissional de saúde. Brasília (DF): MS, 2009.
2. MARGOLIS, L.H. A ética de aceitar presentes da indústria farmacêutica. Pediatrics, v.88, p.1233-1237, 1991. In: MINISTÉRIO DASAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. A legislação e o marketing de produtosque interferem na amamentação: um guia para o profissional de saúde. Brasília (DF): MS, 2009.
3. CFN – Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução nº 334, de 10 de maio de 2004. Dispõe sobre o Código de Ética do Nutricionistae dá outras providências. Brasília (DF): CFN, 2004.
4. CFN - Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução nº 380, de 28 de dezembro de 2005. Dispõe sobre a definição das áreas deatuação do nutricionista e suas atribuições, estabelece parâmetros numéricos de referência, por área de atuação e dá outrasprovidências. Brasília (DF): CFN, 2005.
5. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. CGPAN. A saúde pública e aregulamentação da publicidade de alimentos. Brasília (DF): CGPAN.. Disponível em:. Acesso em: 04 fev. 2011.
Vou polemizar um pouco...que democracia é esta do proibir? Proibir docentes de convidarem profissionais bem sucedidos para servir de estímulo? Inversão de valores? Esquecer que "comemos" a indústria alimentícia resultado da ciência que apregoamos, e que ela "nutre" os desnutridos que tanto nos preocupa? Que a indústria alimentícia facilitou o acesso aos alimentos, principalmente se pensarmos em sazonalidade? E a liberdade do indivíduo, de fala, de trânsito, de idéias? Como podemos preparar profissionais para o mercado se não conhecemos o mercado? São muitas questões. É preciso que sejamos precisos! É utópico pensar que somos independentes da indústria alimentícia. Somos interdependentes academia e mercado. Claro que um manifesto deste tem sua verdade. Mas eu lanço uma pergunta, que verdade? Esta é relativa. Devemos pensar sem maniqueísmos, não podemos esquecer que na atualidade, nenhuma produção de alimentos está isenta da indústria alimentícia.
Mais uma pergunta...quantas indústrias de alimentos estão envolvidas para que eu pudesse comer e recomendar este prato e o restaurante onde almocei?????????? |
Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo, Escola de Nutrição da UFBA, Salvador/BA, 17/03/11
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