Galinha do Quilombo/Gastronomia Hospitalar
Ingredientes
1 peito frango em pedaços ou coxas de frango.
Raspas de 1 limão
2 pimentas de cheiro
2 cebolas cortadas
2 xicara leite de coco
3 dentes de alho picados
200g macaxeira
2 bananas em rodelas
Cheiro verde picado e alecrim à gosto
Óleo de coco virgem
Modo de Preparo
1- Temperar o frango com alho, cebola, pimenta e as raspas de limão
2 - Separar a galinha da marinada e saltear o frango com um pouco de óleo de coco
3 - Misturar o caldo da marinada, acrescentar a macaxeira em pedaços e deixar cozinhar até que esteja macio. Depois colocar as bananas.
4 - No final acrescentar o cheiro verde, o alecrim e o leite de coco e o restante do óleo de coco.By Chef Guga Rocha
Segundo Córbalan ( 2009), por definição um quilombo é uma comunidade organizada e auto-sustentável. Estes núcleos eclodiram em todas as regiões do Brasil, mas durante o século XVII, onde é hoje o estado de Alagoas, foi o Quilombo dos Palmares que deu fama a estes refúgios.
Os quilombos geralmente eram formados por escravos negros e mestiços que escapavam de seus senhores, além de uma minoria de homens brancos e indígenas. Eram sociedades que viviam da subsistência e pequenos comércios.
Obviamente o que se fazia nas cozinhas quilombolas eram receitas enraizadas na brasilidade em sua essência mais bruta, e ao mesmo tempo ainda em desenvolvimento. A interação entre as diferentes culturas culinárias nessa época borbulhou os sabores do Brasil colonial, influência de muito do que vemos hoje na regionalidade gastronômica brasileira.

Apesar da importância histórica dos registros culinários dos Quilombos, não existe nenhuma obra concluída sobre o tema. Recentemente o chef Guga Rocha decidiu conhecer alguns dos quilombos que ainda existem no estado de Alagoas. Guga, que é alagoano mas mora em São Paulo, foi em busca das receitas tradicionais locais e descobriu a miscigenação brasileira nos sabores quilombolas.O chef juntou seu trabalho ao da historiadora Leda Almeida, diretora do museu de folclore de Alagoas, e o fruto desta união será um livro sobre a história e as receitas da culinária dos Quilombos. “Podemos mostrar ingredientes, pratos e técnicas típica.os dos quilombos. (...) Mas acima de tudo temos a obrigação de redescobrir essa cultura, única e nossa, que faz parte do ser brasileiro.”, explica Guga Rocha.
O livro terá todas as receitas que o chef conseguiu garimpar em suas idas à comunidades quilombolas. A previsão é que a obra seja lançada no final deste ano. Veja abaixo a receita de Galinha do Quilombo, que Guga Rocha trouxe de suas viagens.( www.gastrocomicacao.com.br)
A Gastronomia hospitalar
A gastronomia é de fato, o prazer, o saber, o sabor, o fazer e o saber fazer, mas, principalmente é relacional. E em tempos de geoweb esta relação, nos permite compartilhar conhecimentos em tempo real/virtual.
Quando recebi de Juan Córbalan o relato acima, pensei que maravilha! Há alguns dias postei sobre um blogueiro hospitalizado (http://spamarialinda.blogspot.com/search/label/hospital%20bed) e providencialmente a web me fornece um post que relata uma experiência gastronômica/antropológica do Chef Guga Rocha, usando óleo de côco extra virgem, o qual estou pesquisando o uso na gastronomia hospitalar...perfeito! Fiz só uma adequação mais viável, usando o frango na preparação.E posso afirmar, uma delícia!
De acordo com Gomes et all ( 2008), o óleo de coco extra virgem/Triglicerídeo de Cadeia Média/TCM, é absorvido sem ser convertido em quílomicrons ( forma de absorção das gorduras) e é levado diretamente para o fígado. O TCM, aumenta a concentração de ácido láurico e melhora o sistema imunológico.Acredita-se que tenha potencial ergogênico ( aumenta o metabolismo/gasto calórico). Pode ser adicionado a bebidas energéticas e usado na culinária na finalização dos pratos e nunca a altas temperaturas, sempre usar a temperatura menor que 150 graus Celsius.
Nas hepatopatias é uma excelente opção. Administrar 15ml de TCM, quatro vezes ao dia, totalizando 460 Kcal/dia nas preparações culinárias que usualmente usa-se azeite e também nos sucos.
O Valor Energético Total/VET para os hepatopatas é de, 25kcal/dia, distribuído em: proteína de 0,7 a 1,1Kcal/dia; carboidrato 67 a 80% do VET, de forma constante e bem fracionado; lipídeos 25 a 30% do VET com seleção; diminuir o aporte de liquídos e de sódio; fazer suplementação de vitaminas e oligoelementos principalmente B12 e ácido fólico. Utilizar soja texturizada e sucos de soja,tomate e chá verde.Não utilizar queijos amarelos,requeijão,leite e derivados integrais,bebidas alcoólicas,pão fresco,bolo,doces e outros alimentos gordurosos.
Referência
GOMES, A. R. et all. Suplementação de Triglicerídeos de Cadeia Média em Endurance.Revista Brasileira de Nutrição Esportiva- Versão Eletrônica.Disponível em: www.ibpefex.com.br.Acesso em: 19/05/08
Linda Susan 20/09/09
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