terça-feira, 26 de abril de 2011

O uso de L-glutamina no jejum do pré-operatório



Docentes e discentes da ENUFBA/Salvador/BA


Segundo, Diana Borges Dock-Nascimento e Dan Linetzky Waitzberg ( rev,Nutrición Hospitalaria ), publicaram,um estudo que concluiu que é segura a abreviação de jejum pré-operatório através da suplementação de uma solução com carboidrato e glutamina duas horas antes da cirurgia.
Segundo os autores, o uso de L-glutamina associado com carboidratos pode, teoricamente, acelerar a recuperação pós-operatória, através da melhora do metabolismo da glicose e da insulina, redução da resposta antioxidante e anti-inflamatória, e como resultado reduzir as complicações pós-operatórias e mortalidade. Além disso, reduz a resistência à insulina que é uma marca da resposta metabólica ao jejum prolongado e ao trauma. 
O aminoácido glutamina é o mais abundante aminoácido de forma livre encontrado no tecidomuscular. Além de atuar como nutriente (energético) às células imunológicas, a glutamina apresenta importante função anabólica promovendo o crescimento muscular. Este efeito pode estar associado à sua capacidade de captar água para o meio intracelular, o que estimula a síntese protéica, desempenha um papel vital no metabolismo protéico e na recuperação muscular. A glutamina é utilizada pelo tecido muscular, sistema imunológico e também pelo sistema digestivo..
O uso da glutamina como agente farmacológico em terapia nutricional, é um aminoácido de importância fundamental para muitas funções homeostáticas e funcionamento de inúmeros tecidos do corpo, particularmente o sistema imunológico. Por ser o aminoácido mais abundante no plasma, a glutamina é um nutriente indispensável nos estados catabólicos como infecção, cirurgia, trauma, queimadura e imunossupressão) Nestas situações, passam a ocorrer alterações no fluxo dos aminoácidos entre os órgãos, levando a queda nos níveis plasmáticos de glutamina. A glutamina é o combustível principal para os enterócitos ( e tem importante função na manutenção da estrutura e função intestinal. Além do mais, a suplementação com glutamina tem provado ser benéfica às funções do sistema imunológico, melhora do balanço nitrogenado e dos parâmetros nutricionais no período pós-operatório e reduz as perdas protéicas nos estado catabólicos graves. Por estas razões, o planejamento alimentar devem ser enriquecidas com glutamina no suporte nutricional de várias doenças. A nutrição enteral (alimentação por sonda) e parenteral (via endovenosa) tem sido sugerida no tratamento desses pacientes e de acordo com as recentes pesquisas no jejum pré-operatório.

Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo, Escola de Nutrição da UFBA, 26/04/11

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