quarta-feira, 19 de outubro de 2011

"Comfort food" novo conceito na gastronomia hospitalar?

Chef Walter Ullysses e Profª Linda Susan a união da gastronomia e nutrição /gastronomia hospitalar


Entrevista (fonte: http://www.sbnpe.com.br) com o nutrólogo e cardiologista, Dr. Daniel Magnoni, que nos contou o que está sendo preparado para o II Congresso de Gastronomia Hospitalar.



- Como está a preparação do II Congresso de Gastronomia Hospitalar?

Estamos em fase de finalização da programação e teremos muitas novidades em relação ao ultimo congresso com a participação de convidados internacionais trabalhando com os congressistas na cozinha experimental, na prática de receitas saborosas e nutricionalmente adequadas com foco em doenças e sintomas muito prevalentes nos hospitais brasileiros, tais como câncer, diabetes , disfagia e obesidade.

- Qual a situação da Gastronomia Hospitalar no Brasil?

Atualmente, no Brasil, temos trabalhado com o conceito de "comfort food" em âmbito hospitalar, priorizando alimentos que remetem a situações de aconchego e mais parecido com a alimentação que o paciente tem em casa. Através de trabalhos cientificos e com nossa experiência na prática clínica, observamos que cada vez menos os pacientes solicitam dietas requintadas e com alimentos que não são usualmente padronizados pelas unidades de nutrição e dietética (UND) hospitalares e desta forma a gastronomia hospitalar deixa de ser inacessível a determinados setores de saúde e aparece como uma importante ferramenta de atuação da nutrição clinica.

- O que os congressistas encontrarão de novidades?

Os congressistas poderão debater temas de extremo interesse na rotina de uma UND, tais como logística de entrega de alimentos, custos relacionados aos processos de gastronomia , indicadores de qualidade inseridos no contexto de hotelaria e clinica.

- Qual a importância de um evento desse na capacitação dos profissionais?

A possibilidade de união entre teoria e prática é o grande diferencial dos profissionais que participarão do II Congresso Brasileiro de Gastronomia Hospitalar, já que podem voltar às suas instituições aptos para aplicação imediata dos temas aprendidos em curso.

- Teremos algum convidado especial esse ano? Algum estudo apresentado?

Os estudos serão apresentados na sessão de pôsteres do congresso.

Teremos , possivelmente, um convidado internacional, a nutricionista espanhola Geles Duch, especialista em nutrição clinica, com vasta experiência na preparação de pratos saborosos e nutricionalmente equilibrados adaptados ao paladar de pacientes com condições clinicas não favoráveis, principalmente de pacientes ontológicos e disfágicos.
SBNPE • Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral
Rua Abilio Soares, 233 conjunto 144 • Sao Paulo • SP • CEP 04005-000
Fone (11) 3889-9909



Comfort food é  alimentação preparada tradicionalmente que podem ter um apelo nostálgico ou sentimental, que nos remete à memória gustativa, ligada ao elemento familial ou cultural. Fornecendo a sensação de conforto, pela  textura,sabor,cor,aromas, ou seja estímulo aos sentidos e a sensação de prazer. Este conceito pode se adequar a gastronomia hospitalar de forma que atenda ao cliente hospitalar e atinja o objetivo da dietoterapia, que é tratar e/ou recuperar o estado nutricional.
Em desenvolvimento recente, os chefs, têm explorado as raízes da cozinha e buscam defini-lo como um estilo único, de conforto com preparações  que apresentam cozimento mais cuidadoso e apresentação, maior qualidade e com ingredientes, frescos, orgânicos, de boa procedência.
Os profissionais da saúde ( nutricionistas, nutrólogos, gastrólogos,etc )  atentos as demandas  dos clientes  hospitalares percebem na gastronomia hospitalar uma ferramenta fundamental na  alimentação hospitalar de qualidade.

Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo,Escola de Nutrição da UFBA, Salvador/BA, 18/10/11

Circunferencia do pescoco pode revelar estado nutricional


A condição clínica do paciente internado muitas vezes não permite a utilização de equipamentos ou mobilização adequada para que a equipe médica avalie seu estado nutricional, que é de extrema importância no período de recuperação.
Um estudo realizado na cidade de São Paulo, com 344 pacientes, avaliou a circunferência do pescoço como um novo marcador para avaliar o estado nutricional do paciente. O estudo foi apresentado na última semana no Congresso Americano de Obesidade e no mês passado no Congresso Europeu Nutrição Clínica, realizado na Suécia. “O estudo foi muito bem aceito nos dois congressos internacionais, pois é uma forma prática e eficiente de avaliar a condição nutricional do paciente internado, independente da gravidade da patologia que está sendo tratada”, diz a autora do estudo, a médica nutróloga Dra. Andréa Pereira.
O estudo será apresentado no Brasil durante o Congresso Brasileiro de Nutrição Parenteral e Enteral, que será realizado entre os dias 6 e 9 de novembro, em Curitiba.
Dos pacientes avaliados, 51,7% eram homens e 48,3% mulheres, com idade média de 54,3 anos. A medida do pescoço de todos participantes foi realizada por um único avaliador. As medidas de altura e peso dos pacientes também foram colhidas para o cálculo do índice de massa corpórea (IMC).
A média de circunferência do pescoço(CP) foi de 37,8cm e a média do IMC de 26,5kg/m². O estudo revelou que a circunferência do pescoço em relação aos grupos avaliados foi:
GêneroIMC(kg/m²)CP(cm)GêneroIMC(kg/m²)NC(cm)
FEM<2031,5MASC<2034,9
20-24,933,620-24,937,5
25-29,935,725-29,939,8
>3039,2>3043,3
De acordo com o estudo Nutridia, realizado em 2009 pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, com 842 pacientes, 72% não se alimentavam corretamente no hospital, sendo que 60,3% apresentavam risco nutricional, ou seja, já estavam desnutridos ou estavam no grupo de risco de desenvolver a desnutrição hospitalar. “Essa simples avaliação previne o risco do paciente desenvolver desnutrição hospitalar, que é muito recorrente e um dos principais fatores do aumento no tempo de internação, complicações e risco de mortalidade”, destaca Dra. Andréa.

Congresso Brasileiro de Nutrição Parenteral e Enteral

A cidade de Curitiba receberá entre os dias 6 e 9 de novembro a 19ª edição do Congresso Brasileiro de Nutrição Parenteral e Enteral.
Na ocasião, será realizado também o II Congresso Brasileiro de Gastronomia Hospitalar, a VII edição do Congresso Brasileiro de Nutrição Clínica e a primeira edição do Congresso Brasileiro de Terapia Nutricional.

      Fonte: http://bagarai.com.br/




Profs, Linda Susan e Antônio Andrade ( Simpósio Nacional da Doença de Parkinson/UFBA ,11/ 11/11) 
Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo, Escola de Nutrição da UFBA. Salvador/BA, 18/10/11


domingo, 9 de outubro de 2011

Meu Prato! Como montar seu prato de forma saudável!

MEU PRATO ( by Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo)

Atender aos pacientes em ambulatório público ou em consultório, é uma das atividades que o nutricionista desempenha. Neste atendimento um dos desafios da orientação nutricional é explicar ao indivíduo como montar seu prato de forma que atenda ao planejamento nutricional prescrito. Na prática sempre oriento fazendo o desenho de um círculo no papel e faço a divisão como demonstra a foto acima: 

  1. metade do prato salada de verduras cruas e/ou cozidas e frutas ( valorizando o sabor acridoce) de no mínimo quatro cores diferentes para garantir o aporte ( a ingestão) de nutrientes funcionais e antioxidantes;
  2. em um dos terços da outra metade do prato, a parte proteíca, variável diariamente ( carnes, frango, peixes, ovos, etc );
  3. no outro terço do prato, o feijão ou outra leguminosa, não pode faltar na alimentação porque as leguminosas em geral são ricas em triptofano que é precurssor da serotonina, a qual regula o sono e o bom humor e também em ferro mineral importante para saúde;
  4. no terceiro terço do prato o arroz de preferência integral ou arroz da terra (vermelho), quando for o branco adicionar uma verdura ralada ou picada durante o cozimento;
  5. obs: quando optar por outra fonte da carboidrato por exemplo, massas, raízes ou tubérculos colocar no terço do feijão e do arroz para evitar comer carboidratos em excesso.
Os molhos que recomendo sempre para colocar na salada são: molho reduzido de suco fruta ( a da sua preferência) e de iogurte natural com gotas de limão e azeite. A ambos adicione ervas finas desidratadas da sua preferência.

Bom apetite nas suas principais refeições ( almoço e jantar ) lembrando que as três principais refeições, café da manhã, almoço e jantar devem conter os macronutrientes ( proteína,carboidratos e lipídeos/gorduras )  e os micronutrientes ( vitaminas e sais minerais) e também fibras.
Outra fato importante na nutrição humana é beber água ( mais ou menos dois litros/dia )

 Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo/ ENUFBA,Salvador/BA, 09/10/11