quarta-feira, 9 de junho de 2010

Feijão-caupi, como redutor do mau colesterol

No alerta Google selecionei a palavra nutrição e sempre recebo links interessantes, este de hoje considerei super interessante porque utiliza um produto alimentar que faz parte da gastronomia do nordeste o feijão, e neste caso o feijão caupi , que tem nome popular macássar, de corda, fradinho, muito usado em inúmeras preparações, principalmente uma que eu adoro, o Rubacão paraibano.




Abaixo, a notícia!


Se você é mulher, com idade entre 45 e 70 anos, tem colesterol LDL variando de 160 a 190 mg/dl, e mora em Teresina, a sua participação no ensaio clínico da nutricionista Karoline Frota, doutoranda em Nutrição em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, pode ajudar a revolucionar o combate ao mau colesterol.

As mulheres, segundo as regras da pesquisa, devem estar na pós-menopausa, não faça reposição hormonal e nem tampouco usem medicamentos para reduzir o colesterol. Homens de 30 e 70 anos de idade,  com o colesterol LDL entre 160 a 190 mg/dl e que não estejam tomando medicamento para combater o problema,  também podem participar do experimento.

Karoline Frota, professora titular da Universidade Federal do Piauí, está recrutando voluntários com o perfil citado para participarem da segunda fase da pesquisa, que busca um alimento regional, como o feijão-caupi, como redutor do mau colesterol. Para participar do projeto, você deve procurar a nutricionista pelo telefone (86) 9930-9903 ou ainda pelo e-mail karolfrota@usp.br.

A primeira fase do trabalho, realizada em São Paulo, foi o desenvolvimento de uma bebida à base de proteína de feijão-caupi. A partir de agora, na segunda etapa da pesquisa, os voluntários vão usar, como complemento alimentar, a bebida que tem 25 gramas de proteína de feijão-caupi.  Durante quatro meses, a nutricionista avaliará os índices de colesterol, o peso e o consumo alimentar dos voluntários.

O primeiro sinal de que o feijão-caupi poderia se consolidar como um forte auxiliar na redução do mau colesterol surgiu em 2005, quando Karoline Frota ainda fazia mestrado em Nutrição Humana, também na Universidade de São Paulo. A jovem pesquisadora usou o animal hamster, que tem o metabolismo semelhante ao do ser humano.

No trabalho, um grupo de animais recebeu o feijão-caupi integral.  O outro grupo se alimentou apenas com a proteína isolada. A redução do colesterol total do grupo do feijão-caupi integral, segundo Karoline Frota, foi de 49 por cento. Já os animais que receberam a proteína isolada tiveram uma redução no colesterol total de 22 por cento.

Desde 2005, quando deu a largada na pesquisa, a nutricionista usa apenas a cultivar de feijão-caupi BRS Milênio, que é rica em proteínas e sais minerais e foi desenvolvida pela Embrapa Meio-Norte em parceria com a Embrapa Amazônia Oriental, que tem sede em Belém, no Pará.

Fonte:
http://45graus.com.br/piauienses-podem-revolucionar-o-combate-ao-mau-colesterol,geral,64097.html

Linda Susan  Salvador/BA 09/06/10

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Gastronomia Junina

Gastronomia Junina
A gastronomia junina está ligada às festas juninas e estas ligadas aos pratos que têm como ingrediente principal o milho, de origem indígena, com modos de fazer origem portuguesa e africana.
As lembranças da minha infância estão permeadas dos folguedos, brincadeiras, adivinhações, fogueiras, quadrilhas, fogos de artifícios, mas principalmente era tempo de preparo das guloseimas que recheavam de alegria a vida de crianças e adultos.
Uma festa de celebração da colheita do milho, do agradecimento a Deus pela fartura do alimento. Festa de família e amigos em torno do preparo dos pratos, da decoração, das roupas juninas. Felicidade pura! Alegria contagiante para todas as idades.
Quando a noite chega é hora de ir para o arraial - na frente da casa, onde o pai acende a fogueira, a mãe coloca a mesa com as guloseimas. Mesa posta na calçada da casa, para que todos possam comer – canjica, pamonha, milho verde, cozido e assado na fogueira, batata doce assada na fogueira também, aluá ( uma bebida fermentada feita com as cascas de abacaxi colocadas em um pote de barro com água de boa qualidade dois dias antes da festa), pé de moleque - feito na folha da bananeira, arroz doce, cocada, bolo de milho e doces e bolos variados.
As crianças brincam, os adolescentes e adultos fazem adivinhações, as moças casadoiras querem saber com quem e quando vão casar, os rapazes ficam nas cercanias esperando o sorriso confirmando se são eles os futuros maridos que as adivinhações predizem, as madrinhas de fogueira confirmam o parentesco das “cumadres”. E chega a quadrilha, e a influência da França chega no “anarriê” e todos dançam e sorriem ao som do passo marcado pela sanfona, o zabumba e o triângulo.
Tudo acontece em função do alimento e da preparação deste, é a comida cumprindo o papel de estabelecer e firmar relações entre os homens, mantendo os hábitos, os costumes, as tradições e a história do povo paraibano. Porque aqui as festas juninas têm um sabor especial cheio de amor e alegria, cada porção degustada tem uma mágica que você só vai saber se vier à Paraíba.
Segundo a jornalista Fabíola Bessa (2003), na Europa antiga, bem antes do descobrimento do Brasil, já aconteciam festas populares no mês de junho, as quais marcavam o início da colheita. Nelas, ofereciam-se comidas, bebidas e animais aos vários deuses que o povo acreditava. As pessoas dançavam e faziam fogueiras para espantar os maus espíritos. Tais celebrações coincidiam com a festa em que a Igreja Católica comemorava a data do nascimento de São João, um anunciador da vinda de Cristo. Como o catolicismo ganhava cada vez mais adeptos, nesses festejos homenageava-se também São João. É por isso que no início as festas eram chamadas de joaninas, e os primeiros países a comemorá-las foram França, Itália, Espanha e Portugal. Os jesuítas portugueses são os responsáveis pela tradição das festas joaninas aqui no Brasil. As festas de Santo Antônio e de São Pedro só começaram a ser comemoradas mais tarde, mas como também aconteciam em junho, passaram a ser chamadas de juninas. Momento de celebração, no qual todos em comunhão se deliciaram, degustando nossos sabores, nossas cores, e  adentraram em um universo lúdico de lembranças, estabelecendo relações entre passado e presente  mantendo viva a cultura para o futuro. Entendendo que é necessário associar os conhecimentos gastronômicos e nutricionais para manter o indivíduo saudável, de corpo, alma e espírito.

RECEITAS JUNINAS
PAMONHA

Ingredientes:
12 espigas de milho
1 xícara (chá) de leite
1 xícara (chá) de açúcar

Modo de Preparo:
Tire a palha das espigas, aproveite as melhores e faça com elas, saquinhos com costura dos lados. Rale as espigas, junte o leite quente, suficiente para formar uma massa grossa. Adoce e coloque esta massa nos saquinhos. Amarre as bocas com um fio e cozinhe na água fervendo. Quando a palha amarelar é sinal de que a pamonha está cozida. Escorra e sirva-as quentes ou frias nos próprios saquinhos.

Calorias:  pamonha de 160 gramas= 259 kcal
MUNGUNZÁ

Ingredientes:
1,5 kg de milho para mungunzá
03 latas de leite condensado
01 l de leite
02 coco seco, ralado
01 kg de açúcar
Canela em pau a gosto
Cravo-da-índia a gosto
Erva doce a gosto
01 pitada de sal

Modo de preparo:
Coloque o milho de molho de um dia para o outro. Troque a água e coloque na panela de pressão juntamente com os paus de canela, os cravos-da-índia e a erva doce por 30 a 40 minutos. Resfrie e observe se o milho está macio. Se necessário, ponha no fogo por mais alguns minutos. Quando o milho já estiver macio, acrescente o leite condensado, o leite de coco e o sal. Misture bem e acrescente o leite fervente. Deixe ferver e desligue o fogo. Para servir, é só aguardar esfriar um pouco e salpicar com canela em pó ou não.

Calorias: porção de 100g = 374 kcal
BOLO DE MILHO

Ingredientes:
03 ovos
01 xícara de açúcar refinado
01 vidro pequeno de leite de coco
04 espigas de milho raladas e peneiradas (pode substituir por 01 lata de milho verde escorrido e batido)
01 colher rasa (sopa) de fermento
02 colheres de sopa de manteiga
01 colher de sopa de queijo parmesão ralado
01 xícara bem cheia de fubá de milho

Modo de Preparo:
Bata todos os ingredientes no liquidificador e leve ao forno pré-aquecido, em forma untada e polvilhada, por cerca de 40 minutos.

Calorias: fatia de bolo de milho caseiro de 50g = 164 kcal
MILHO COZIDO

Ingredientes:
Espigas de milho
Água Sal
Manteiga

Modo de preparo:
Limpe as espigas de milho e separe algumas palhas bonitas para enfeitar. Cozinhe as espigas em uma panela de pressão por cerca de 20 minutos. Passe as espigas na manteiga, salpique umas pitadas de sal e sirva-as quentes, em uma bandeja decorada com as palhas.
*Para realçar o sabor da espiga de milho cozida, retira-se a palha verde e utiliza-se para forrar o fundo da panela na hora do cozimento.

Calorias: porção de 100g = 136 kcal
CUSCUZ NORDESTINO

Ingredientes:
500g de farinha de milho (fubá)
Sal a gosto
Água
Leite de coco, nata ou manteiga de garrafa

Modo de preparo:
Coloque a farinha de milho temperada com sal em uma tigela e cubra com água. Deixe descansar por uma hora até que fique encharcada. Depois, cozinhe-a numa cuscuzeira, em fogo médio, por 15 minutos. Desinforme e sirva com leite de coco, nata ou manteiga de garrafa.

Calorias: porção de 50g de cuscuz = 181 kcal
ARROZ DOCE

Ingredientes:
01 lata de leite condensado
01 xícara de chá de arroz
02 xícaras de chá de leite
03 xícaras de chá de água

Modo de preparo:
Em uma panela grande misture: 01 xícara de chá de arroz cru com 02 xícaras de leite e 03 xícaras de chá de água fria e leve ao fogo até ferver. Baixe o fogo e deixe até que esteja cozido. Junte 01 lata de leite condensado, mexa bem e retire do fogo. Sirva gelado polvilhado com canela em pó.

Calorias:  porção de 100g = 272 kcal



Profª Linda Susan de Almeida Araújo/ Escola de Nutrição da UFBA/ Salvador/BA 03/06/10